terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Onde anda a Alice

- Se queres voltar a crescer – disse a maçaneta – come um bocadinho dessa bolacha.
Alice achou que era uma boa ideia. Comeu a bolacha toda e começou a imediatamente a crescer, mas exageradamente. Alice, desconsolada, começou a chorar e as lágrimas provocaram uma inundação. - Bebe a poção – ordenou-lhe de novo a maçaneta – e voltarás de novo a diminuir de tamanho. Alice bebeu a poção e ficou tão pequenina que, sem dar conta... foi parar ao interior de im frasco que, flutuando atravessou o buraco da fechadura.

Alice correu atrás do Coelho Branco e foi dar a um lugar afastado do bosque. Começava a ficar desanimada. Olhou para o caminho do bosque para ver de que lado viera, sem reparar, que atrás de uma árvore, dois divertidos seres a vigiavam.
Os gémeos resolveram aparecer e apresentarem-se. Eram Tuidelidum e Tuidelidim, um par bastante original. Começaram a cantar e a dançar, decididos a dar Alice uma lição de lógica...uma lição por sinal bastante estranha. Alice tentou desculpar-se para continuar à procura do Coelho Branco, mas não teve outro remédio senão escutar a sua história...
Era a história da Morsa e do Carpinteiro, ou das Ostras curiosas. A Morsa, um velho macho inteligente e errante, não estava muito disposto a partilhar a sua sorte com o companheiro, o Carpinteiro.
Um dia, descobriram um amontoado de ostras no fundo do mar e pensaram fazer um grande banquete.a Morsa atraiu as Ostras até à margem ao som de uma melodia. As Ostras, maravilhadas, seguiram a Morsa dançando ao compasso da música, convencidas que eram convidadas para o banquete.
o Carpinteiro foi buscar molhos para acompanhar a refeição mas, quando voltou, a espartalhona da Morsa tinha comido as Ostras todas. O Carpinteiro ficou furioso e a Morsa viu a sua vida a andar para trás.
- E amoral da história é... – disseram Tuidelidum e Tuidelidim. Mas não acabaram a frase porque viram, surpreendidos que Alice já se tinha ido embora.

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