É uma das mais antigas lendas , do tempo em que os Mouros habitaram a Serra de Santa Justa. Uma tribo Mourisca habitou a Serra de Cuca-ma-Cuca, hoje chamada Santa Justa, em Valongo. Essa tribo dedicava-se à exploração do ouro. Havia um rei mouro cuja filha adoecera. Ele recorreu a diversos curandeiros, mas não conseguira a cura de sua filha.
Junto à Serra das Pias, hoje Aguiar de Sousa, Paredes, existiu um outro povo, um povo lusitano (cristãos/bugios) de crença religiosa, que venerava S. João, obtendo vários milagres desse santo.
O rei mouro tomou conhecimento de tais milagres e, implorou a S. João a cura da sua filha, tendo sido atendido pelo milagroso Santo. De imediato, o rei reuniu os seus súbditos, ofereceu um banquete e, no final, exibiram-se animadas danças. O rei obcecado resolveu assaltar a povoação dos Bugios e apodera-se do santo. Porém, os Bugios revelaram resistência e, conhecendo a superstição dos mouros, vestiram trajes garridos com máscaras e objectos macabros, amedrontando-os.
Dias depois, travaram-se lutas renhidas e, os mouros guerreiros acabaram por vencer os cristãos, capturando o rei dos Bugios.
Os cristãos para libertarem o seu rei, improvisaram uma figura de serpente e, com campainhas e guizos foram ao encontro dos mouros que, amedrontados, fugiram. Depois de libertado o rei dos Bugios, este e os seus súbditos gritaram:
- O Santo é nosso! O Santo é nosso!
Texto colectivo – Leituras/pesquisa
Sem comentários:
Enviar um comentário